quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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Hoje acordaste quase que desfocado. O teu antigo eu, talvez o meu...
Quando dei por mim, já estava a ser engolida por estes gritos solitários e quase sufoquei... mas sabes que mais? Hoje nem chorei!
Vi-te longe, muito longe. Pequeno, mas tão pequeno... Pensei que serias impossível de ouvir, muito menos de sentir... Enganei-me! Sou pequena...ainda mais pequena.

Acho que me encolhi, tremi e desejei voltar a mim...

Suspiro
. A minha cabeça gira ao som daquelas frases soltas
(afinal sei-as de cor).
Fecho os olhos
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Um monte de slides a preto e branco atropela-me as ideias.
Tento reagir
. Um nó muito apertado rouba-me movimentos.

Mas nem penses...! Porque segundo o tempo, eu vou continuar a crescer, e tu... voltar a adormecer.

domingo, 18 de outubro de 2009

Monotonia


Hoje sou nada. As palavras insistem em ficar presas num enorme desespero às ideias. A música vagueia na cabeça mas intimida-se e nem se atreve a chegar aos dedos.
O padrão é fixo, estável, demasiado estável. Nele não passam slides de memória, nem aromas, nem sons (in)tranquilizantes. Hoje não se cansa de repetir - é o preto-branco, preto-branco, preto-branco. Até o movimento dos dedos é lento e hesitante.
Ergo a cabeça na tentativa de mudar o panorama. Mas que raio, até esse é preto e branco! Até mesmo as figuras decidem jogar pelo seguro e não saltam mais do que uma linha. Que monotonia!
Que chegue amanhã, que hoje sou nada.