domingo, 18 de outubro de 2009

Monotonia


Hoje sou nada. As palavras insistem em ficar presas num enorme desespero às ideias. A música vagueia na cabeça mas intimida-se e nem se atreve a chegar aos dedos.
O padrão é fixo, estável, demasiado estável. Nele não passam slides de memória, nem aromas, nem sons (in)tranquilizantes. Hoje não se cansa de repetir - é o preto-branco, preto-branco, preto-branco. Até o movimento dos dedos é lento e hesitante.
Ergo a cabeça na tentativa de mudar o panorama. Mas que raio, até esse é preto e branco! Até mesmo as figuras decidem jogar pelo seguro e não saltam mais do que uma linha. Que monotonia!
Que chegue amanhã, que hoje sou nada.

2 comentários:

Filipe disse...

A monotonia e os padrões fixos também são necessários para revelar aquilo que está para além dele, afinal, a definição de algo incomum tem forçosamente que passar pelo contrário do comum. De qualquer modo e filosofias à parte, é sacrilégio denegrir um dia de fim-de-semana!
Bjs

Anónimo disse...

Tu nunca serás um "Nada"... serás sempre um "Tudo"...
Adoro-te**
Fazes-me falta ;)
T****